quinta-feira, fevereiro 4

A clareza da escuridão.

Sou um Homem muito claro no que toca a ideias escuras.

Isto é, até posso pensar, e até posso querer ser um rasto pensante na luz fria do Universo, mas não creio poder almejar mais do que isso. Posso ter percepções alusivas dos corpos obscuros e das filosofias que não agradarão com certeza à civilização actual, mas sou imensamente determinado nisso, tenho quase que espíritos em mim a dizerem-me para ir em frente, alumiar os demais.

Olho e vejo a janela. A noite vem e abraça todo o tempo, como se a Lua fosse a alma mater de toda a natureza.

Olho e vejo isto bem sentado. Sou, aliás, um homem muito sentado, em seu turbilhão de calma, na grande tempestade da serenidade do mundo.

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